Por conta da pandemia, refúgios como sítios e casas de campo ganharam um novo significado para quem estava buscando melhor qualidade de vida. De acordo com a arquiteta Eduarda Corrêa, esse tipo de imóvel era muito usado como lazer para o fim de semana, mas se tornou morada permanente, mesmo agora, com o fim da quarentena. “As pessoas se viram trancadas em casa, muitas vezes em apartamentos pequenos, sem espaço para as crianças brincarem e tendo de conciliar trabalho com a rotina caseira, isso afeta o psicológico de qualquer um. E quem possuía imóvel no campo, acabou optando por buscar conforto e bem-estar junto à natureza”.
Com esse fenômeno, relata Eduarda, a demanda por reformas nas casas de campo aumentou consideravelmente nos últimos tempos. “Esses imóveis eram destinados a reuniões familiares em fins de semana, feriados e temporadas de férias e, por isso, seus ambientes não estavam adequados ao convívio diário que uma morada necessita. Com a mudança em definitivo das famílias para estes espaços, houve a necessidade de realizar obras para garantir o conforto dos moradores”.
Segundo a arquiteta, em alguns casos a reforma consiste em aumentar tantoo tamanho como o número de ambientes para comportar a quantidade de pessoas que passarão a conviver na residência. “Mas, geralmente, pequenas intervenções como troca de revestimento, realização de nova pintura e investimento em móveis novos já são suficientes para tornar os espaços acolhedores e aconchegantes”.
HOME COM OFFICE
A grande demanda por reformas nas casas de campo se deu por conta do home office. Eduarda explica que grande parte das pessoas que fizeram essa mudança da cidade para o interior estava à procura de um lugar mais arejado, espaçoso e tranquilo para trabalhar, longe dos arranha-céus e da agitação dos grandes centros urbanos. “Como estas casas foram projetadas para o lazer, não havia nelas espaços destinados ao trabalho. Com isso, houve a necessidade de criar um ambiente com toda a infraestrutura necessária para a realização das tarefas”.
Para a profissional, a escolha do local é um passo muito importante na hora de projetar um home office adequado. “Se for para construir um espaço novo, opte por um lugar tranquilo, longe da rotina da casa e da área de lazer, pois o barulho de pessoas nestes locais pode atrapalhar o desempenho no trabalho. Feito isso, crie um escritório que contemple as áreas verdes e aproveite ao máximo a luz natural fazendo uso e grandes portas e janelas, além de paredes de vidro. Isso colaborará na sensação de bem-estar tão desejada”.
Mas, se a intenção for criar um home office utilizando um espaço já existente na casa, emenda ela, opte por um ambiente pouco utilizado e silencioso para garantir a privacidade e o sossego durante a realização das tarefas. “Aí é só garantir uma boa conexão com a internet, caprichar na decoração, utilizar móveis adequados e uma cadeira confortável para transformar a casa de campo em um verdadeiro refúgio para trabalhar”.
Eduarda ressalta ainda a importância de contratar um arquiteto para que o projeto seja executado de forma correta e eficiente, garantindo que tudo saia conforme o planejado. “O arquiteto possui o conhecimento e a experiência necessárias para criar ambientes que irão otimizar a sensação de bem-estar na sua casa de campo”.
fotos: Casa do Morro/Eduarda Corrêa
Spa com piscina coberta e espreguiçadeira no projeto Casa do Morro
Sala de estar e varanda da Casa do Morro/projeto: Eduarda Corrêa
Área gourmet rodeada pela serra / Casa do Morro/projeto: Eduarda Corrêa
Suíte da Casa do Morro / Casa do Morro/projeto: Eduarda Corrêa
Adega / Casa do Morro/projeto: Eduarda Corrêa
Spa / Casa do Morro/projeto: Eduarda Corrêa